A escolha do outro.
- Kleber Mantana
- 25 de nov. de 2022
- 4 min de leitura
Atualizado: 16 de jun. de 2024
Seja uma influência, não uma imposição!

As nossas experiências são responsáveis por tudo aquilo que transmitimos para o outro. A vida é uma escola precedida por Deus, e parte dele todos os campos do nosso conhecimento, quando tudo isso repercutir dentro de nós, vamos deixando para trás defeitos que não vamos praticar mais.
Ao homem só é permitido ensinar aquilo que aprendeu, e isso por sí só, já nos deixa com limitações, há muita coisa que ainda não foi revelado ao homem. Essa limitação crava na mente do homem uma busca eterna por evolução, essa busca por "algo a mais" está condicionada a todos.
Agora quando estiver com alguém na rua olhe para horizonte e pergunte para a pessoa do lado o que ela acha deste lugar, com certeza ela não irá ter as mesmas observações que você, sempre haverá diversos pontos de vistas diante de um mesmo assunto, influenciado exatamente pelas nossas experiências de vida, na medida que vamos experimentando, errando e acertando, vamos adquirindo conhecimento, o que nos leva a fundamentar as nossas escolhas e reflexões, partindo disso é que acontece a nossa influência para com o próximo.
O meio em que vivemos nos modifica, isso fica muito claro quando fazemos uma viagem para locais com culturas diferentes da que estamos acostumados, a realidade deles não é a mesma que a nossa, e por assim dizer, podemos entender que a personalidade do outro está toda construída na base em que ele vive. Já experimentou olhar pelos os olhos do outro?
O nosso mestre Jesus nos dizia muito que a verdade iria nos libertar! E qual a única maneira de encontrarmos essa verdade? Adquirindo conhecimento é que vamos tendo a oportunidade de olharmos por outras perspectivas, vamos sendo mais flexíveis, os erros do outro já não vai nos gritar tanto, justamente por estarmos nos libertando de velhos conceitos, a humildade vai tomando lugar, e o respeito pelo próximo vai adquirindo força, e a nossa liberdade vai se estabelecendo diante dos nossos olhos! Isso é a liberdade, quando a realidade do outro não nos causa indignação!
Não podemos sair da regra básica de que aquilo que o outro pensa é direito do outro pensar. Quanto mais acharmos que temos responsabilidades pelo que o outro faz, mais estaremos diminuindo o aprendizado dele pelas próprias experiencias. Temos que aprender a deixar o outro percorrer o seu caminho, deixemos que nossos exemplos influenciem apenas, sem que escolhamos pelo outro, se desprendendo da imposição vamos conseguir poupar nosso tempo, administrando melhor a nossa própria necessidade.
Quem disse que não podemos ser influenciados também? Voltemos um pouco, já vimos que a nossa verdade depende muito do nosso conhecimento. E quem disse que o outro não pode ter mais conhecimento que nós?
Feliz seremos quando conseguirmos aceitar a motivação de cada um, tentar entender tudo aquilo que ocorre no peito de cada um é a maior manifestação de solidariedade com o outro. Essa é a maior das urgências, a partir daqui vamos colocar em prática um dos maiores conselhos do mestre Jesus, quando se referiu em amarmos uns aos outros. A cooperação deve ser o maior esforço, a fim de trabalharmos numa transformação de uma sociedade mais justa.
A fé tem um papel fundamental nas nossas relações um com o outro, através dela deixamos a natureza ajustar o seu curso seguindo as leis naturais do universo. Esta lei é a única responsável por modificar cada um no seu devido momento.
Não há como tirarmos o véu da arrogância dos nossos olhos se passarmos eternamente com a ideia de que sempre temos razão. Acreditamos que ora pela experiencia, ora pelo conhecimento temos a obrigação de direcionar o pensamento do outro sem antes refletir que somos meras influências, cabendo a nós servimos como exemplos, sem mais, cabendo ao outro seguir pelos caminhos que escolher.
Cada um luta a sua própria luta!
O que o outro pensa, o que o outro faz não está sob o nosso controle e responsabilidade, e pensar ao contrário disso vai nos fazer entrar em guerra com nós mesmos. Todos temos a condição e a liberdade de pensarmos o que quisermos e na hora que quisermos, assim como, é legitimo de cada um colher o resultado daquilo que semeou.
Ninguém colhe pelo outro, ninguém ganha, cresce, cai ou se levanta pelo outro. A vida nos entregou o livre arbítrio e a individualidade justamente para que a obrigação do crescimento seja individual. Saibamos aproveitar cada estágio, com base sólida, respeitando a liberdade de todos, deixando a fraternidade prevalecer diante das nossas escolhas.
Caso não consigamos estabelecer o respeito entre nós, teremos que retroceder alguns passos para refletir nas nossas próprias filosofias de vida. Qual a base que estamos usando para medir as nossas ações? Até quando vamos permitir que as nossas diferenças sejam matéria de combate, concorrência e ofensa?
Já li que "a imposição, sem o rebate do conhecimento, pode representar o fim do livre arbítrio", eu diria uma forma diferente: Que o conhecimento da verdade afasta do homem qualquer ato de imposição, há pessoas no mundo que poderiam, mas não possuem vontade nenhuma de ser superiores, são mais leves, transmitem paz e geralmente elas não precisam de grandes discursos para serem admiradas. As suas palavras não encarceram ninguém, elas simplesmente nos libertam!
Kleber Mantana.
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